Juana Henriqueta Fernández Solar (1900-1920), Juanita para os familiares, foi uma jovem chilena alegre, divertida e amadora de desporto, que entrou no Carmelo de Los Andes em 7 de maio de 1919. Após a sua primeira comunhão em 1910, «a sua vida foi uma história de amizade e amor com Deus… A Eucaristia, a devoção a Maria com a oração diária do rosário e um tempo à oração mental eram para Juanita uma prioridade» (A. José G. Machado). Aos 14 anos, sente-se chamada para o Carmelo. Após muitas vicissitudes – saúde frágil e dificuldades económicas da família, obtém o consentimento do pai para se consagrar a Deus. Mudou então o seu nome para Teresa de Jesus. No ano seguinte, em 12 de abril, morreu com tifo depois de ter feito a sua profissão religiosa. Foi beatificada por S. João Paulo II em Santiago do Chile em 3 de abril de 1987 e canonizada em 21 de março de 1993 em Roma. É a primeira santa chilena e a primeira santa carmelita da America latina.
O que dizer de uma santa que morre com menos de vinte anos?
Teresa dos Andes viveu quase toda a sua vida no mundo. Nele realizou a maior parte de sua santificação nas atividades da vida quotidiana: vida familiar, vida escolar, férias, atividades desportivas, etc. Tinha apenas 19 anos quando morreu, tornando-se um modelo particularmente atraente para os jovens. Em todo o seu apostolado, Teresa dos Andes procurou e encontrou a verdadeira felicidade: Deus é alegria infinita! Por tudo isso, Teresa dos Andes estimula qualquer pessoa, jovem ou mais madura, pela sua sede de Deus e seu amor absoluto por Cristo.
A santa da alegria deixou, como era de esperar, poucos escritos, mas viveu com muita intensidade e gravou esta vivência no seu Diário, escrito entre 1915 e 1919, e na sua correspondência. Nas páginas do Diário, revela as suas conversas íntimas com Jesus e Maria, a descrição dos seus esforços, as suas resoluções, vitórias e derrotas no caminho da santidade. As 164 cartas refletem a transparência de sua alma, a sua sinceridade e o seu ardente amor a Cristo, que não a impede de amar o seu próximo.
No dia da Páscoa, este ano dia do centenário da sua partida para a eternidade, lembremo-nos da Teresa dos Andes: «Deus é amor e alegria e Ele no-la comunica!» (C 108)
Deus é Alegria, Santa Teresa dos Andes, de A. José Gomes Machado, Ed. Carmelo
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